Lei de Engel (2023)

 https://docs.google.com/spreadsheets/d/1LXvOfhll89XyO2OLXocazm1SP1auNC9aoZiSZhTABxc/edit?usp=sharing

4 - No quadro podemos observar que a primeira familia por ter menos
rendimento, gasta menos em lazer e mais em alimentação, Já na familia
que tem mais rendimento, acaba por gastar mais no lazer e menos no
alimentação oque prova a lei de Engel

https://docs.google.com/spreadsheets/d/19kTXiybN3M3jz6E0QFZLYGZyLNjtwk-8td6laggsZvo/edit?usp=sharing

1. Coeficientes orçamentais da alimentação (1995-2022):

Os coeficientes orçamentais indicam a proporção dos gastos totais das famílias destinada a uma categoria específica, neste caso, a alimentação. Para calcular a variação desses coeficientes ao longo do tempo, podemos verificar a diferença percentual entre o início e o final do período (1995-2022).

A análise da queda ou estabilidade nos coeficientes orçamentais da alimentação ao longo do período refletiria o que a Lei de Engel sugere: quanto maior a renda, menor a proporção de gastos com alimentos.

2. Variação em pontos percentuais (pp):

A variação dos coeficientes orçamentais da alimentação pode ser calculada em pontos percentuais (pp), comparando o valor percentual da categoria em 1995 com o de 2022. Por exemplo, se os gastos com alimentação representavam 20% em 1995 e passaram a representar 15% em 2022, a variação seria de -5 pontos percentuais (pp).

3. Rubricas mais significativas em 2020:

Em 2020, um ano marcado pela pandemia, algumas categorias podem ter tido variações significativas. Provavelmente, o consumo em alimentação, tanto dentro quanto fora de casa, pode ter aumentado proporcionalmente devido à restrição de atividades externas, enquanto rubricas como lazer e cultura e transporte podem ter caído, devido às medidas de distanciamento social.

O gráfico detalha a evolução do consumo das famílias de 1995 a 2022, com várias categorias representadas em barras empilhadas. A análise por categorias específicas revela as seguintes tendências: 

1. Alimentação: Os gastos com “Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas” (em azul) diminuem gradualmente ao longo dos anos. Isso está de acordo com a Lei de Engel, que sugere que à medida que a renda das famílias aumenta, a proporção gasta com alimentos tende a diminuir. No início da série, essa categoria tem uma participação mais significativa, mas ela vai perdendo peso ao longo do tempo. 

2. Habitação e utilidades: A categoria “Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis” (em roxo) mantém-se estável em termos de proporção. Isso indica que, apesar do aumento da renda, as despesas com moradia e serviços essenciais continuam a representar uma parte considerável do orçamento das famílias. 

3. Educação, saúde, lazer e cultura: Ao longo do tempo, observa-se um aumento nas categorias ligadas a serviços como educação, lazer e cultura (em cores variadas na parte superior das barras). Isso sugere que, conforme a renda disponível aumenta, as famílias passam a gastar mais com serviços e bens não essenciais, como atividades de lazer e educação. Essas categorias se tornam mais proeminentes na composição do consumo. 

4. Transporte e comunicações: Outra tendência observada é um aumento relativo nos gastos com transporte e serviços de comunicação, acompanhando a modernização tecnológica e as mudanças nos padrões de mobilidade. 

Em resumo, o gráfico ilustra uma transição no padrão de consumo das famílias ao longo dos anos, com uma redução gradual nas despesas em necessidades básicas, como alimentação, e um aumento em serviços e bens ligados ao bem-estar, lazer e educação, refletindo um padrão de vida em ascensão e confirmando a Lei de Engel.

Refere como o consumo varia com os seguintes fatores extra-económicos:
a) Estrutura etária dos agregados familiares;
b) Estilos de vida (v.g. fast-food, consumos lights, desportos radicais, consumos com consciência ambiental);
c) Moda;
d) Publicidade;
e) Cultura.

a) Estrutura etária dos agregados familiares A idade das pessoas que compõem um agregado familiar afeta os padrões de consumo. Famílias mais jovens tendem a gastar mais em lazer, tecnologia e entretenimento, enquanto famílias com membros mais velhos podem concentrar suas despesas em saúde e bens de longa duração.
 b) Estilos de vida O aumento da preferência por estilos de vida saudáveis e conscientes tem impacto no consumo de produtos. Por exemplo, a popularidade de alimentos fast-food pode ser substituída por opções mais saudáveis (como alimentos “light” ou orgânicos). Além disso, o aumento da prática de desportos radicais ou atividades ao ar livre pode gerar uma procura crescente por equipamentos e roupas específicas. 
c) Moda A moda dita tendências em vestuário, acessórios e até em decoração, influenciando diretamente o consumo. O desejo por roupas de marca ou a busca por novidades de estilistas influenciam a rotação de bens de consumo e aumentam o nível de gasto em determinadas épocas. 
d) Publicidade A publicidade tem um papel fundamental ao criar necessidades e influenciar perceções sobre produtos. Campanhas agressivas podem moldar a perceção dos consumidores sobre quais produtos são indispensáveis ou “da moda”, levando a uma maior procura, mesmo quando os rendimentos não aumentam. 
e) Cultura A cultura de um país ou região impacta fortemente os hábitos de consumo. Em algumas sociedades, o consumo de certos produtos pode estar ligado a tradições ou rituais, enquanto em outras, há uma maior aceitação de inovação e produtos estrangeiros. Produtos relacionados a festivais, celebrações e identidades culturais influenciam diretamente a distribuição do orçamento familiar.
 Estes fatores atuam em conjunto com as condições económicas para moldar os padrões de consumo das famílias.


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